É preciso elevar piso e carreiras, para que o professor não se mate de trabalhar, inclusive fazendo "bico" para melhorar renda
Congresso aprova R$ 6,5 trilhões de Orçamento, com cortes drásticos no setor social e aumento de verbas para o "Centrão" e emendas parlamentares
Faça uma assinatura solidária, acesse sem restrições todo o conteúdo do site e ajude a mantê-lo. Temos custos. Apenas R$ 19,90/ano!
Ou pague no pix (recomendável, vem integral):
Pix: apoie@deverdeclasse.org
Caso não queira assinar, deixe uma contribuição de qualquer valor. Apenas pix.
Por Redação
Em seu último ato no ano, o Congresso Nacional aprovou nesta sexta-feira (19), em sessão conjunta, o relatório final do Orçamento de 2026 (PLN 15/25), com previsão de despesas totais de R$ 6,5 trilhões. Deputados e senadores meteram a tesoura no setor social, enquanto aumentaram de forma vergonhosa verbas bilionárias para atender a interesses nada republicanos.
Entenda com detalhes mais abaixo.
Receba atualizações:
Leia também:
- Efeitos positivos da isenção do Imposto de Renda para a economia nacional
- Governo Lula arrecada R$ 186,5 bi e tem alta real de 12,5%
- Mais de R$ 230 bi. Governo Federal bate recorde de arrecadação em julho
Os aumentos de verbas
Deputados e senadores não se intimidaram ao aumentar verbas para setores dos seus próprios interesses, conforme se vê abaixo.
Emendas Parlamentares
- Subiram de R$ 40 bilhões (propostos originalmente pelo Executivo) para R$ 61,4 bilhões. Desse valor, R$ 49,9 bilhões são emendas que ficam sob total controle dos parlamentares, incluindo emendas individuais (RP 6), emendas de bancada (RP 7) e emendas de comissão (RP 8) — recursos formalmente indicados e decididos pelos parlamentares que o governo deverá pagar.
Fundão Eleitoral
- Aumentou de R$ 1 bilhão para R$ 4,96 bilhões.
Ministérios do Centrão
- Congresso aumentou a verba do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional de R$ 6,1 bilhão para R$ 12,7 bilhões; Ministério do Turismo de R$ 1,6 bilhão para R$ 3,2 bilhões; e do Ministério do Esporte de R$ 1,2 bilhão para R$ 2,5 bilhões.
Os cortes de recursos
Enquanto bombaram setores de seus interesses, deputados e senadores não tiveram qualquer vergonha na cara ao cortar dinheiro que iria para os mais pobres. Veja:
Benefícios Previdenciários
- Para turbinar emendas, corte chegou a R$ 6,2 bilhões nos benefícios previdenciários, que são despesas obrigatórias.
Seguro-Desemprego
- Congresso tirou R$ 391 milhões do orçamento do seguro desemprego, outra despesa obrigatória, também abrindo espaço para mais emendas.
Auxílio-Gás
- Congresso diminuiu o Auxílio Gás de R$ 5,1 bilhões para R$ 4,7 bilhões.
Pé-de-Meia
- Caiu de R$ 12 bilhões para R$ 11,5 bilhões.
Farmácia Popular
- Congresso cortou o Farmácia Popular, que fornece medicamentos gratuitos para a população carente, reduzindo o orçamento do programa de R$ 6,5 bilhões para R$ 6 bilhões.
Com informações de Agência Senado e Estadão
Siga nossas redes e receba atualizações:
Faça uma assinatura solidária, acesse sem restrições todo o conteúdo do site e ajude a mantê-lo. Temos custos. Apenas R$ 19,90/ano!
Pague no pix (recomendável, vem integral):
Pix: apoie@deverdeclasse.org
Caso não queira assinar, deixe uma contribuição de qualquer valor. Apenas pix.
Leia também:
- Atualização da Lei 11.738/2008 melhora piso de docente com formação superior
- PNE e Piso do Magistério estão nas agendas da próxima semana da Câmara e STF
- Dieese divulga dia 10 análise da Cesta Básica de novembro e valor real do salário mínimo
- Governo vai pagar abono do Fundeb de até R$ 16,5 mil ao pessoal da Educação
- Fundeb de novembro em alta é sinal positivo para reajuste dos professores em 2026
- As "preocupações" de Camilo Santana com o reajuste 2026 dos professores
Receba atualizações:
Mais recentes do tópico Piso do Magistério:
Melhoria nas regras de atualização do piso deve ser acompanhada de aprimoramento dos PCCS dos educadores; há bons parâmetros já em vigor a seguir, conforme tabela salarial ao final da matéria
Ainda que sejam preservadas particularidades das mais de cinco mil redes de ensino do país, é preciso partir de um piso mais robusto, garantido no todo em parte pelo Governo Federal, com garantias também de menor jornada em sala de aula
"Não é bola de cristal, é análise da economia e evolução das atualizações do piso desde que foi criado", diz o especialista
Arrecadação federal de impostos em setembro chegou a R$ 203 bilhões, "melhor resultado para o mês desde o início da série histórica da Receita Federal, iniciada em 1994"
"Professores devem receber um salário não mínimo, mas um salário de profissional de nível superior. Vamos retirar esse termo "salário mínimo" (mesmo se tratando do mínimo do DIEESE)", pondera o educador
A combinação de ambas, uma inclusive já em tramitação no Senado, traria certamente ganhos relevantes ao magistério a curto, médio e longo prazos
"É preciso de fato melhorar a lei, há condições e dinheiro para isso", diz o analista
Projeto de Lei deve atualizar as regras do piso nacional, e minuta do PL pode ser avaliada até 20 de dezembro, com objetivo de melhorar a correção salarial anual do magistério









