Política | É bem verdade que o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) é um desclassificado, reacionário, fascista e desprovido de qualquer qualidade humana que o credencie sequer a dar um passeio com um cão vira-lata de rua. Poderia pôr em risco a vida do animalzinho.
É bem verdade também que esse moço cometeu uma série de crimes recentes que o tornaram presa fácil do ministro Alexandre de Moraes, do STF. É um vacilão.
A pequenez, a baixeza e os vacilos desse indivíduo, no entanto, não justificam a medida absurda e ilegal tomada por Moraes, que proibiu Silveira de dar entrevistas e o ameaçou de nova prisão, caso desobedeça.
Até onde se sabe, não há nenhuma decisão transitada em julgado contra esse deputado. Além disso, ele é dono de um mandato popular conquistado nas urnas.
Assim, proibi-lo de falar constitui uma ilegalidade, pois fere a constituição federal e é algo próprio de regimes totalitários e fascistas.
Tal fenômeno abusivo ocorreu inclusive contra Lula em 2018, quando também, ao arrepio da lei, foi proibido de dar entrevistas por essa mesma suprema corte.
Setores da esquerda que aplaudem tal absurdo contra o deputado bolsonarista, portanto, deveriam ter mais cautela em seus ímpetos de justiçamento. Essa pauta não é nossa e, a qualquer tempo, tal tipo de abuso pode cair também em nossas cabeças.