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Atualizada em 23/08/2024, às 00:25
Além de descontos obrigatórios, como Previdência e IR, há uma série de outros que os docentes se veem obrigados a ter. Um verdadeiro rapa no salário todo mês.
Piso do Magistério | Não quero aqui entrar meramente na questão dos baixos salários que, em média, os docentes da Educação Básica ganham no Brasil, seja no setor público ou privado. É fato. Basta ver que em 2024 o piso nacional do magistério é, bruto, de apenas R$ 4.580,57. E para jornada de dois turnos — quarenta horas semanais.
O problema, contudo, é mais grave. Mesmo muito baixo no valor total, o vencimento dos professores todo mês ainda é desfalcado por uma série de descontos, uns obrigatórios e outros que os profissionais da educação são obrigados a contrair.
Quando se soma Previdência, Imposto de Renda, planos de saúde... O que sobra é muito pouco. E ainda têm os velhos consignados... Aí o que sobra é quase nada. É preciso, pois, dar um freio no rapa que o salário do magistério sofre todo mês.
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Mesmo diante de tanto arrocho crônico nos salários, contudo, alguém pode falar: a primeira coisa que um docente deve fazer é se programar para não comprometer o seu salário com descontos que pode evitar, como os consignados, por exemplo. Sério? Todo mundo que recorre a bancos é porque não sabe se programar? Não é bem assim. Muito pelo contrário.
O endividamento ou superendividamento é decorrência, na amplíssima maioria das vezes, dos baixos salários, algo agravado por descontos obrigatórios, quase todos altos em demasia.
O que justifica um docente que trabalha dois turnos ganhar esse piso nacional de R$ 4.580,57 e pagar todo mês cerca de 250 reais só de Imposto de Renda? E a Previdência, que para esse valor aí ultrapassa os R$ 600 mensais? E os planos de saúde?
É preciso, reitero, rever as alíquotas de Previdência para quem ganha pouco, como no caso da maioria dos professores. Quanto ao IR, é necessário isentar os docentes disso, como inclusive é proposta de projetos na Câmara dos Deputados.
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Deste modo, com a diminuição ou fim de descontos abusivos e, óbvio, com uma política objetiva de valorização salarial puxada pelos sindicatos, educadores não vão precisar recorrer tanto a bancos para se endividar. Simples assim.
Fora disso é conversa mole para docente continuar a ser subtraído absurdamente em seus ganhos ao fim de cada mês. Se observar seu contracheque, talvez você concorde comigo.
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João R P Landim Nt
PIX
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