Sobre 'possível' impacto do tarifaço de Trump no reajuste do magistério em 2026

A questão não é ser pessimista e dizer que correção será zero, ou otimista e pregar que nada de ruim pode acontecer

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Temos recebido vários e-mails sobre possíveis impactos do tarifaço de Donald Trump no reajuste do magistério em 2026. Número de correspondências subiu por causa de duas matérias aqui publicadas. A número 1 diz que impacto será muito negativo, e a 2 defende o contrário:

1. Caos dos Bolsonaros é ruim para reajuste do piso do professor
2. Docente diz que tarifaço não derrubará reajuste do magistério

Veja nossa opinião mais abaixo

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A questão não é ser pessimista e dizer que correção será zero, ou otimista e pregar que nada de ruim pode acontecer

Algumas considerações:

1. Como todos sabem, o reajuste do magistério é garantido por uma cesta de recursos do Fundeb, nela incluídos vários itens, como ICMS, FPM, FPE, IPVA etc.
2. Desse modo, não é difícil concluir que quanto mais impostos se arrecada, mais a cesta cresce e, por conseguinte, mais possibilidades de reajustes melhores para os professores.
3. O tarifaço de Trump, se não enfrentado com eficiência, pode levar a sérios problemas em nossa economia, com abalo na arrecadação de tributos e, consequentemente, baixa na cesta do Fundeb.
4. Em caso de queda, que profundidade pode ter?
5. Não cremos que será gigantesca a ponto de interferir de forma drástica no reajuste dos professores em 2026, zerando-o, como prevê o analista da matéria 1.
6. Em relação à matéria 2, embora concordemos com vários argumentos levantados, consideramos precipitado minimizar o tarifaço e anunciar reajuste de 10% para os professores no próximo ano.
7. Sejamos realistas e acreditemos que o reajuste pode até ser até maior que esse citado. Mas é preciso deixar pelo menos as medidas de Trump entrarem em vigor para podermos avaliar, com mais serenidade e precisão, o que de fato pode se desenhar para 2026. Aguardemos até depois de 1º de agosto.

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