Estudo, divulgado em agosto último, foi encomendado pelo "Movimento Pessoas à Frente", composto por especialistas de diversas áreas
Se diz que "não é político" e sim apenas médico, deveria largar eleições e ir para um hospital
Velho candidato em Teresina, o bolsonarista envergonhado Sílvio Mendes insiste com a demagogia de negar aquilo que é desde já uns longos aninhos; caminho mais provável é nova derrota
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abe aquele cara que toma todas, cambaleia pelas ruas, fala mil abobrinhas, mas jura de pés trocados que não está bêbado? Têm muitos por aí. Sabe aquele político profissional, que vive de política partidária, respira política eleitoral — nos bastidores e abertamente —, mas jura de pés juntos que não é político? Têm também alguns à solta. Um deles é Sílvio Mendes, em Teresina, Piauí.
Sílvio Mendes, candidato em 2024 pela terceira vez à prefeitura da capital piauiense, desta vez pelo União Brasil (até um dia desses era do PSDB), repetiu sua velha lorota eleitoreira sobre "não ser político e sim apenas médico". Fato ocorreu nesta sexta-feira (16), ao ser questionado por Fábio Novo (PT), durante debate na TV Cidade Verde.
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Ao tentar negar que é um político como qualquer outro ou outra, Sílvio Mendes tenta se eximir dos muitos problemas que não resolveu como prefeito de Teresina por dois mandados, e de outros que contribuiu para agravar, como, por exemplo, sérias deficiências na Saúde e transporte coletivo da cidade. Não cola. Maioria dos teresinenses sabe que tal retórica é puro charlatanismo.
Ora, Sílvio Mendes atua na política profissional do Piauí desde os já não muito próximos anos 1980, quando passou a exercer cargos por indicação política inicial do então ex-prefeito Wall Ferraz, político que muitos dos mais jovens em Teresina sequer sabem quem foi. Depois, foi indicado também para Secretário de Saúde da capital pelos ex-prefeitos Firmino Filho e Francisco Gerardo, ambos políticos, naturalmente.
Além de prefeito eleito por partido político, através de alianças políticas, Sílvio Mendes concorreu de igual modo também ao governo do Estado do Piauí por duas vezes, 2010 e 2022. Perdeu em ambas, com o mesmo bordão sobre "não ser político". Na última, recebeu apoio político de Jair Bolsonaro, apoio político que recebe novamente no pleito eleitoral deste ano, embora tente negar — com a mesma sinceridade com que diz também "não ser político".
Em algum outro debate onde Sílvio Mendes repita sua velha lorota sobre "não ser político e sim apenas médico", opino que alguém sugira então que ele largue as eleições e vá dar plantão em um hospital público, algo inclusive que pode ser mais útil e menos desgastante que as dez reuniões políticas que ele próprio, aos 75 anos, afirma fazer todo dia. Claro que o velho político não aceitará. Mas ajudará a pôr melhor a nu esse seu já desgastado charlatanismo politiqueiro.
Caso o político profissional Sílvio Mendes ou sua assessoria queiram se manifestar sobre o texto, o espaço aqui é democrático: e-mail: contato@deverdeclasse.org / fone: (86) 98845-3625
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