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"O que a Folha pensa" é contra os interesses dos servidores, sobretudo da Educação
Editoriais do jornalão paulista refletem opinião mercantilista de seu proprietário, homem de negócios dono também do PagBank
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Atualizada em 06/05/2025, às 12:57

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Editorial é o tipo de texto que reflete o pensamento do proprietário de um veículo de comunicação, qualquer que seja. No caso da Folha de S.Paulo, editoriais vem sob a embalagem "O que a Folha pensa",
na verdade, seu dono, Luiz Frias, que carrega também o PagBank no bilionário patrimônio que possui.
Por ser propriedade de banqueiro, a Folha não poderia pensar diferente de qualquer dono de banco. Por isso, defende privatizações, arrocho no salário mínimo e ataques a servidores públicos, em particular da Educação. É isto que se vê, ainda que de forma sutil e elegante, em dois dos seus mais recentes editoriais.
Leia também:
- Banqueiro [dono da Folha] bate de novo duríssimo na estabilidade dos servidores públicos
- Gastos de R$ 5,2 bilhões/dia com bancos a Globo e grande mídia não mandam o Lula cortar
- Globo defende fim da aposentadoria especial dos professores!
No primeiro ("Prosseguir na queda da pobreza depende da economia", 4/05/2025), texto fala na queda da taxa de pobreza no país, "num quadro de expansão do emprego e de gastos sociais". "Trata-se, obviamente, de uma boa notícia", faz questão de ressaltar.
Editorial mereceria um milhão de aplausos da população, não fosse pelo seus parágrafos finais, um desfecho mercantilista, que inclusive é uma oposição à 'boa notícia' dada no início do escrito. Veja:
"O Banco Mundial mostra que houve evolução significativa, mas permanecem desafios. Depois de cair à metade entre 2003 (48,7%) e 2014 (24,4%), a taxa de pobreza vem progredindo muito pouco nos últimos dez anos. Retomar uma tendência mais clara e sustentável de melhora adiante depende de reformas que impulsionem a produtividade e o emprego." (Grifos meus)
"Para tanto, a instituição [Banco Mundial] recomenda um ajuste fiscal equivalente a 3% do PIB, o que inclui a desvinculação entre benefícios da Previdência Social e o salário mínimo." (Grifos meus)
Ajuste fiscal de 3% do PIB na prática é corte bilionário na carne da maioria da população. No caso aí, o editorial cita explicitamente "a desvinculação entre benefícios da Previdência Social e o salário mínimo." Desvinculação significa congelamento ad infinitum de aposentadorias, pensões e BPCs, que deixariam de ser reajustados todo ano.
Ora, como é possível manter a queda na taxa de pobreza cortando a renda dos mais pobres? Para o banqueiro dono da Folha — que ditou o editorial, isso é possível, sim.
O segundo editorial — "Equívoco na educação paulista" — é uma 'pegadinha' nos profissionais da educação. Só que embalado também num discurso "progressista".
O texto critica a militarização das escolas públicas, uma das prioridades do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para tanto, entre outras alegações, cita:
"Tal modelo baseia-se na ideia equivocada de que a dura disciplina da caserna é capaz de melhorar a aprendizagem. Contudo sabe-se que as melhores notas nessas escolas têm origem em rígidos processo de seleção do alunado e no acesso a maiores volumes de verbas públicas." (Grifos meus)
Um esquerdista como eu lê e diz: a Folha está de parabéns! Lugar de militar é no quartel. No entanto, se o mesmo esquerdista tiver a paciência de ir até o final do texto verá que a saída apresentada é também muito ruim para a educação pública e seus profissionais. Eis:
"O governo Tarcísio precisa escapar de fetiches ideológicos e investir em políticas baseadas em estudos técnicos — como a iniciativa de parcerias público-privadas em infraestrutura escolar." (Grifos meus).
Por "parcerias público-privadas em infraestrutura escolar" entenda-se: entregar o dinheiro das escolas (Fundeb) para grandes empresas privadas gerenciar, após "estudos técnicos" de "especialistas" a serviço de banqueiros e grandes empresários.
No que isso é capaz de melhorar a aprendizagem dos alunos ou a renda dos professores?
Essa, contudo, é a saída do dono banqueiro da Folha. Tal como no primeiro editorial, uma furada também.
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