"Novo Rico, Novo Pobre", um jeito fácil e divertido de entender o que é meritocracia

09/11/2025

"Só é pobre quem quer". Verdade? Não! Remake de telenovela colombiana mostra de forma bem didática que isso não passa de uma grande mentira

Categorias>> Cultura>> Política

PROCURAR

Dê uma contribuição ao site: 

>> Pix: apoie@deverdeclasse.org / >> Mais opções

Siga e receba atualizações:

>> WhatsApp  /  >> X (antigo Twitter)

Para quem quer se aprofundar sobre o que é "meritocracia", há uma vasta bibliografia sobre o tema. Entre alguns livros que li, recomendo A tirania do mérito, de MICHAEL J. SANDEL (TRAD. BHUVI LIBANIO, CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA, 2020). E A sociedade desigual, de MÁRIO THEODORO (ZAHAR, 2022). Há uma série de outros textos, facilmente acessíveis e grátis em PDF. Basta dar um Google.

Se você não está, contudo, disposto a leituras mais rebuscadas e acadêmicas sobre tal questão, há um jeitinho mais fácil e divertido de entender a coisa: a série da Netflix "Novo Rico, Novo Pobre", do roteirista Jörg Hiller, lançada em abril deste ano.

>> Leia tambémMachado de Assis plagiador? Artigo na Revista USP levanta polêmica sobre a questão

Remake de telenovela colombiana de sucesso e mesmo nome, "Novo Rico, Novo Pobre" é uma espécie de drama cômico sobre o fato clássico de duas crianças trocadas na maternidade. No caso em tela, Andrés Ferreira (Juan Guillera), e Brayan Galindo (Variel Sanchez).

O elemento que dá a base e pano de fundo para o enredo e a lição da história é que um dos meninos (Andrés) é filho biológico de um casal milionário. E o outro (Brayan), tem origem numa família muito pobre.

>> Leia tambémNão case ou fique solteiro sem antes ver O Lagosta

O resultado da troca é que o filho do milionário foi criado de maneira bastante humilde, e o filho do pobre, em meio à ostentação.

Trinta anos depois, Andrés Ferreira aparece como um bem-sucedido executivo de uma das mais poderosas empresas da Colômbia, a Cart Smart, construída pelo casal que o criou. 

Arrogante e insensível aos dramas e apelos de seus funcionários, Andrés tinha como verdade o bordão "só é pobre quem quer". Seu único foco era crescer cada vez mais a fortuna que gerenciava, sem se importar com o sofrimento de quem quer que fosse.

Por outro lado, Bryan surge como um simples autônomo, que tenta se "virar nos trinta" e sobreviver como pode. Sempre de bom astral, crê que algum dia ainda será muito rico.

E não é que o 'sonho' do Bryan deu certo! A troca dos meninos é descoberta e Antônia (Marcela Agudelo) decide dar uma lição no filho que criara. Tirou todo o poder e posses de Andrés e chamou para assumir toda sua fortuna o seu filho biológico.

Medida foi um duro choque de realidade para Andrés. De executivo e herdeiro de uma grande empresa a desempregado. E de morador de uma bela mansão a inquilino de uma pensão de subúrbio com banheiro coletivo.

A partir daí, grandes transformações. Com o tempo e a nova e dura vida, Andrés passou a entender que a tal "meritocracia", na prática não é bem como pensava. A realidade o ensinou que o "só é pobre quem quer" não passa de uma grande mentira.

Quer saber mais e o desfecho? Assista. É muito didático e dá até para sorrir.

Disponível na Netflix.

Dê uma contribuição ao site! 

Siga e receba atualizações:

>> WhatsApp  /  >> X (antigo Twitter)

Leia mais

"Quando perdemos o diálogo, perdemos também o contato com o outro, com o parente e com o desafio de pulsar nosso espírito em intenção do novo"