A "justificativa" dada é sem rumo e, caso aplicada, piora a curto prazo a qualidade do ensino e a remuneração dos professores
Matéria do Globo incentiva cortes de verbas das escolas públicas
A "justificativa" dada é sem rumo e, caso aplicada, piora a curto prazo a qualidade do ensino e a remuneração dos professores
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Educação / Matéria do Globo desta segunda-feira (4) sugere cortes de verbas das escolas públicas. A "justificativa" é bastante duvidosa, pois se baseia em um suposto "esvaziamento" das salas de aula, que estariam com número "muito reduzido" de alunos, principalmente nos municípios. A razão dessa "deserção escolar" seria o "rápido envelhecimento" da população". Texto diz também que muitas escolas já têm média de alunos por turma igual à de países como Dinamarca, Suécia e Noruega.
Leia com atenção esses trechos iniciais da matéria do Globo:
"Com o rápido envelhecimento da população, a demanda por vagas em escolas já não é um problema em muitas cidades do país. Em mais de 60% dos municípios do Brasil, o tamanho da turma na maioria das escolas municipais já está abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que reúne os países mais desenvolvidos do mundo, de 21 alunos por sala." (Grifos nossos).
"Além disso, cerca de 30% das cidades já têm a maior parte das instituições de ensino com médias comparáveis à Escandinávia, região que abrange a Dinamarca, a Suécia e a Noruega (15 alunos por turma). Os dados são de um levantamento realizado pelo pesquisador de economia aplicada do Ibre/FGV Daniel Duque a pedido do GLOBO." (Grifos nossos).
Detalhe: Daniel Duque é um pesquisador liberal, a favor de privatizações e defensor de escolas privadas. Por isso foi encarregado pelo Globo para fazer esses "estudos" mirabolantes.

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Impactos
Se levada a sério pelas autoridades do país, proposta de corte de verbas nas escolas públicas impactam de forma negativa e a curto prazo na qualidade do ensino e remuneração dos profissionais do setor, em particular os docentes. Sobre isso, a matéria cita os recursos do Fundeb que, segundo o texto, "vem aumentando desde 2021, de 10% para 23% no ano que vem." É dinheiro demais para poucos alunos, é o que deixam nas entrelinhas.
Superlotação de turmas
Uma das consequências desse tipo de proposta é que, se posta em prática, de imediato professores teriam que lidar com turmas muito cheias, pois se as salas já estão "iguais" às da Noruega, Suécia e Dinamarca (15 alunos), junta todo mundo numa de 45 para cobrir o dinheiro que seria cortado. Em resumo: uma bomba. Sindicatos da categoria têm de ficar atentos quanto a isso.
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