Taxa de desocupação no trimestre encerrado em agosto ficou em 5,6%, repetindo o menor patamar já registrado pela série histórica da Pnad Contínua
Tarcísio não é assim tão contrário à pena aplicada a Bolsonaro
Pelo que escreveu o governador de SP, o problema é a punição ser "desproporcional". "Desproporcional" a quê?

Governador de São Paulo Tarcísio de Freitas e Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil.
- Colabore! Pix: apoie@deverdeclasse.org / Mais opções
Política / Tarcísio de Freitas deixou escapar em uma postagem no X (ex-Twitter) que não é assim tão contrário à pena de 27 anos, três meses e multa aplicada a Jair Bolsonaro, embora seu objetivo autodesmascarado tenha sido o de demonstrar "solidariedade" ao 'mito'. Pelo que escreveu o governador de São Paulo, o problema da pena é ser "desproporcional". Desproporcional a quê? Tire suas próprias conclusões a seguir com a postagem e breve análise textual da mesma.
A postagem
"Se não se pode transigir com a impunidade, também não se pode desprezar o princípio da presunção da inocência, condenando sem provas. O resultado do julgamento, infelizmente, já era conhecido. Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e com PENAS DESPROPORCIONAIS. penas desproporcionais. a história ria se encarregará de desmontar as narrativas e a justiça ainda prevalecerá. Força, presidente. Seguiremos ao seu lado!" (Grifos nossos).
Ver breve análise mais abaixo.
Leia também:
- Governadores comemoram em suas tocas a condenação
- Com ou sem Fux, condenação de Bolsonaro já é 100% certa
- Os próximos tempos de Jair Bolsonaro serão na cadeia
- Esquerdista fala em "exagero" e sugere diminuir pena de Bolsonaro
Siga e receba atualizações
As entrelinhas do texto
Tarcísio engana muito bem o 'mito' durante quase todo sua postagem, mas se entrega antes de chegar ao final. Veja:
"não se pode desprezar o princípio da presunção da inocência, condenando sem provas. O resultado do julgamento, infelizmente, já era conhecido. Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e com PENAS DESPROPORCIONAIS."
Quase tudo mostra um Tarcísio de Freitas "solidário" com Bolsonaro e demais condenados, tentando passar a perna no 'mito':
- não se pode desprezar o princípio da presunção da inocência;
- condenando sem provas;
- resultado do julgamento, infelizmente, já era conhecido (cartas marcadas);
No entanto, o governador se autodesmascara:
Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e COM PENAS DESPROPORCIONAIS...
- não houve o respeito ao princípio da presunção da inocência;
- a condenação foi sem provas;
- o julgamento foi de cartas marcadas e
- há vítimas de uma sentença injusta,
- por que usar o termo "PENAS" e dizer que são "DESPROPORCIONAIS"?
O termo "PENA", no ambiente judicial, só pode ser usado em casos de crime, delito, ilícito. Etimologicamente, palavra vem do Latim 'poena', que significa "castigo", "punição", algo que deve ser imposto a criminosos. Castigos não são aplicados a inocentes. Em relação ao Grego, termo vem de "poine", "derivado de uma raiz do Sânscrito PUNYA, "puro, limpo", ligado à ideia de "purificar" ou "limpar" através do castigo", segundo o site Origem da Palavra. Em síntese: "penas" são para criminosos, sobretudo no espaço judicial de uma Suprema Corte.
Pena nenhuma
Então, se "não houve crime nenhum", como diz Tarcísio na primeira parte de seu texto, não poderia haver também pena nenhuma, nem maior nem menor. Nem "proporcional" ou "desproporcional". O texto de Tarcísio, portanto, deveria ter terminado assim, caso o governador fosse mesmo sério em relação ao 'mito' e demais:
"Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma perseguição política e criminosa por parte do senhor Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Jair Messias Bolsonaro e demais injustiçados no processo SÃO INOCENTES E NÃO MERECEM PENA NENHUMA! EU BOTO A MINHA MÃO NO FOGO PELO MITO!"
Todavia, o que fez Tarcísio? Usou a expressão "PENAS DESPROPORCIONAIS". Com isso, na prática quer dizer somente que o castigo ou punição está acima do merecido, ou seja, "desproporcional" aos tamanhos dos delitos praticados. Com outras palavras, ele reconhece os crimes dos condenados, mas ressalva que as penas deveriam ser mais baixas, isto é, "proporcionais" à gravidade dos mesmos.
Sem a multa e os três meses
E o quê, para Tarcísio, seria uma "pena proporcional" no caso dos delitos de Jair Bolsonaro? Provavelmente, Tarcísio tiraria a multa e os três meses e deixaria só os 27 aninhos de cana.
Governador Tarcísio, o 'mito' é criminoso. Burro, não.
A postagem:
Se não se pode transigir com a impunidade, também não se pode desprezar o princípio da presunção da inocência, condenando sem provas. O resultado do julgamento, infelizmente, já era conhecido. Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e com penas…
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) September 12, 2025
Mais recentes...
"São quase R$ 60 bilhões que o governo federal e o MEC estão colocando nos estados e municípios", destaca Camilo Santana
Lula caminha a passos firmes para se reeleger; ao filhinho do papai condenado, o melhor é apoiar a si mesmo e manter o troféu de segunda força política do país na própria família
Reforma Administrativa acaba estabilidade, outros direitos do funcionalismo e atinge atuais e futuros servidores da União, estados, DF e municípios
Com reforma, não haverá servidor público
O funcionalismo futuro, caso medida passe, terá caráter de trabalhador privado, embora sob controle da União, estados, DF e municípios, com raras exceções
Para o ministro, docentes não estão preocupados com salários, e sim em "serem reconhecidos"; qual o liso que é reconhecido, Camilo?
PEC 32/2020 foi proposta logo no segundo ano de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro; propõe acabar estabilidade e outros direitos do funcionalismo da União, estados, DF e municípios
O aguardado encontro entre Lula e Trump
Nem cilada ou lula de mel; o mais provável é o início de um relacionamento que deve ser benéfico ao Brasil
Estimativas não são certezas e economia não desabou com tarifaço a ponto de ser capaz de quase zerar correção do piso na previsão para o próximo ano
Pelo que escreveu o governador de SP, o problema é a punição ser "desproporcional". "Desproporcional" a quê?










