Sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin, ministros decidirão como de fato a correção anual de janeiro deve ser feita, o que pode implicar em ganho efetivo para todos ou nivelamento geral por baixo para todo mundo
Ministro está certo quando diz que entes podem pagar piso do professor
Números crescentes do Fundeb e elevação do FPM mostram que cumprir reajuste do magistério é totalmente possível para prefeitos e governadores
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Piso do Magistério / Em matéria no UOL (26), o ministro da Educação Camilo Santana fez questão de destacar que não há razão para prefeitos e governadores não cumprirem o piso nacional do magistério. O chefe do MEC disse que a complementação da União no Fundeb subiu de 10% em 2020 para 21% este ano e deve chegar a 23% em 2026. E falou também que "são quase R$ 60 bilhões que o governo federal e o Ministério da Educação estão colocando nos estados e municípios". Não é pouco dinheiro.
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FPM só cresce
Não é só o ministro da Educação que fala em crescimento de recursos nos cofres de prefeitos e governadores. Uma das entidades que mais combatem os reajustes anuais dos professores também reconhecem publicamente que há alta de verbas. Veja o que diz a Confederação Nacional de Municípios (CNE) em matéria em seu portal sobre o Fundo de Participação dos Municípios (FPM):
"O terceiro decêndio [repasse do Governo Federal] do FPM do mês de setembro [2025], no valor de R$ 4.646.651.790,66, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o montante é de R$ 5.808.314.738,33."(Grifos nossos).
"O terceiro decêndio de setembro de 2025, comparado com mesmo decêndio do ano anterior, apresentou um crescimento de 0,63%. O acumulado do mês, em relação ao mesmo período do ano anterior, teve crescimento de 6,47%." (Grifos nossos).
"No acumulado do ano de 2025 e incluindo os repasses extras do 1% de julho e setembro, o FPM apresenta um crescimento nominal de 11,89% em relação ao mesmo período do ano anterior (+ R$ 18,6 bilhões)." Grifos nossos.
Camilo Santana está certo quando diz que estados e municípios podem pagar o piso e os reajustes do magistério. Resta à categoria e seus sindicatos exigir que seja feito.
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