Do ponto de vista legal, portanto, não há mais saída para o capitão. Todos os esforços de sua defesa no sentido de inocentá-lo ou abrandar sua pena foram refutados e negados no Supremo. Restou a cadeia.
Além do aspecto técnico e formal do processo, um outro componente igualmente relevante também empurra Jair Bolsonaro a cumprir sua pena atrás das grades por bem mais tempo que sete dias: as eleições presidenciais de 2026. Somado ao argumento legal para prendê-lo, o fator político que envolve sua figura é também determinante em relação a isso.
Manter Bolsonaro na prisão será uma maneira de pressioná-lo a apoiar um candidato que não seja alguém de seu clã (filhos, principalmente), tal como querem Globo, Faria Lima & Cia. Tarcísio de Freitas parece ser o escolhido. Se aceita a chantagem, dá-se um 'jeitinho' de mandá-lo curtir sua tornozeleira eletrônica em casa. Se não aceita, fica na cadeia, com soluços e tudo.
O capitão e seus filhos toparão? Até que isso se decida, certamente bem mais de uma semana no xilindró Bolsonaro terá cumprido.