O plano de Bolsonaro terá resposta à altura de suas intenções
Ex-presidente agiu para ficar no cargo não apenas por tentar deslegitimar as urnas eletrônicas; projeto previa assassinatos de autoridades, o que não é pouca coisa; consequências serão proporcionais ao que planejou, ou seja, um bom tempo em regime fechado
>> Categoria: Política
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Conforme amplamente divulgado pela chamada grande mídia de todo o país, o STF encerrou nesta sexta-feira (14) o julgamento que rejeitou recursos de Bolsonaro e aliados contra condenação por atos golpistas. De acordo com O Globo (15), até 26 deste mês ou 1º de dezembro o ex-presidente já estará na cadeia, seja na Papuda ou na PF. Ele e seus advogados de defesa já estão cientes disso. Ponto.
Sobre estadia do capitão em regime fechado, engana-se quem pensa que será apenas por uma semana, segundo se especula por aí. Bolsonaro só irá cumprir prisão domiciliar após passar um bom tempo no xilindró, provavelmente todo o ano de 2026 e meados de 2027. E não é difícil entender os porquês.
Todo grande ato, evento ou empreitada, traz embutido em si a possibilidade real de gerar grandes consequências, senão não seria um fato de alta relevância. E o que o ex-presidente tentou fazer com seu ato golpista? No que consistia seus planos?
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Não foi pouca coisa. Não se tratou apenas de tentar deslegitimar urnas eletrônicas ou quebrar prédios públicos. Seu projeto previa assassinatos de autoridades, instalação no país de um clima de terror e criação duradoura de um regime de exceção. Sabe-se lá quantos seriam mortos nesse aventura macabra posta inclusive em papel.
Por isso Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de cadeia. Deste tempo, bem mais de uma semana ou até anos — cumprirá atrás das grades. As consequências serão proporcionais à gravidade e tamanho do que planejou, ou seja, um bom tempo em regime fechado.
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Do ponto de vista legal, portanto, não há mais saída para Jair Bolsonaro. Todos os esforços de sua defesa no sentido de inocentá-lo ou abrandar sua pena foram refutados e negados no Supremo. Restou a cadeia.
Além do aspecto técnico e formal do processo, um outro componente igualmente relevante também empurra Jair Bolsonaro a cumprir sua pena atrás das grades por bem mais tempo que uma semana: as eleições presidenciais de 2026. Embora haja o argumento legal para prendê-lo, o fator político que envolve sua figura é também determinante.
Manter Bolsonaro na prisão será uma maneira de pressioná-lo a apoiar um candidato que não seja alguém de seu clã (filhos e esposa, principalmente), tal como querem Globo, Faria Lima & Cia. Tarcísio de Freitas parece ser o escolhido. Se aceita a chantagem, dá-se um 'jeitinho' de mandá-lo para casa curtir sua tornozeleira. Se não aceita, fica na cadeia.
O capitão e seus filhos toparão? Até que isso se decida, certamente bem mais de uma semana no xilindró terá se passado.
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