Para impor menos de um mínimo aos mais pobres, governo tentará convencer que Brasil já é igual à Europa! Leia e compartilhe...

09/02/2019
Presidente Jair Bolsonaro na Suiça, durante Fórum Econômico de Davos. Foto: Alan Santos/PR/Agência Brasil.
Presidente Jair Bolsonaro na Suiça, durante Fórum Econômico de Davos. Foto: Alan Santos/PR/Agência Brasil.

Campanha midiática absurda do governo certamente custará milhões aos cofres públicos e, se vitoriosa, levará os mais pobres a receber benefício de somente R$ 500 por mês

Dinheiro | Um dos pontos mais polêmicos da reforma da previdência antecipada dia 4 pelo Estadão diz respeito a pagamento de menos de um salário mínimo a idosos carentes. Bolsonaro e sua equipe econômica falam em benefícios entre R$ 500 e R$ 750, neste último caso para quem alcançar idade mínima de 65 anos. Uma monstruosidade. Continua, após o anúncio.

Brasil igual à Europa

Para tentar convencer os brasileiros dessa política de cada vez mais exclusão em relação aos idosos carentes, Bolsonaro e sua equipe econômica preparam campanha midiática para tentar convencer o povo de que o Brasil já é igual à Europa. Informação — de forma não tão explícita — está em matéria de hoje (9) no site do Estadão.


Farsa

Na verdade, marqueteiros tentarão fazer você engolir que as condições de vida dos pobres no Brasil são iguais às de aposentados de salário mínimo da Alemanha, França, Portugal, Bélgica e outros 14 países onde a maioria do povo vive relativamente bem. Uma farsa.  Argumento só se sustentará na cabeça de quem acredita em kit gay ou em mamadeira de piroca. 

Na Bélgica, por exemplo, o salário mínimo em dezembro de 2018, segundo o site EKONOMISTA, era de 1.562,59 euros, o que corresponde hoje a R$ 6.587,97. Ainda que nesse país um aposentado receba apenas 45% desse mínimo de lá, valor equivale a quase R$ 3 mil no Brasil. Ou seja, quantia bem diferente dos R$ 500 ou R$ 750 que o novo governo quer empurrar goela abaixo dos mais pobres. Continua, após o anúncio.

O fake oficial que o governo quer promover será pago com muito dinheiro público a grandes grupos de comunicação. O próprio jornal Estadão e outros de mesmo porte, como Folha, Globo e Veja deverão estar entre os beneficiados. Cabe ao povo se organizar para impedir que a reforma da previdência do governo Bolsonaro seja aprovada.

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