Fraude no Sinte-Pi tem como alvo R$ 13 milhões dos professores

06/03/2024

Mudanças no estatuto servem apenas para perpetuar as benesses materiais de uma direção que só traz derrotas para a categoria, bem como consolidar o poder de um advogado ignorante que, na prática, emperra as questões jurídicas do sindicato.


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Quarta-feira, às 10:59

Política | Cerca de R$ 13.200.000 mil por ano, ou R$ 1.100.000 todo mês. É este dinheiro descontado dos filiados ao Sinte-Pi que motivou uma cachorrada sindical nesta quarta-feira (5) e adulterou — de forma claramente fraudulenta — o estatuto da entidade. 

Agora, a atual presidente Paulina Almeida, já no segundo mandato, pode se reeleger indefinidamente, junto com outros mentores do golpe. Mas não para encaminhar as lutas da categoria, que está com os salários super achatados, sobretudo os professores. A reeleição é para continuar a gerenciar esse dinheirão, sabe-se lá como. Ou alguém sabe?

A trapaça estatutária serviu também para consolidar o poder de um advogado truculento, senhor Geovane Machado. Na prática, esse "jurista" só serve para emperrar as questões do sindicato na Justiça.

Confira mais detalhes, após o anúncio.

Paulina Almeida, presidente do Sinte-Pi. Foto: arquivos Dever de Classe.
Paulina Almeida, presidente do Sinte-Pi. Foto: arquivos Dever de Classe.

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  1. Não houve a devida publicidade na convocação da "assembleia" que adulterou de forma fraudulenta o estatuto da entidade. Quase 100% dos presentes eram dirigentes dos núcleos regionais, também interessados na mudança que permite reeleição indefinidamente.
  2. Praticamente não houve participação de Teresina, exatamente porque a direção do sindicato não foi debater a questão nas escolas da capital.
  3. A ata é uma fraude só. Não era exigido dos presentes a comprovação de filiação ao sindicato. Um diretor do próprio Sinte-Pi, contrário à manobra golpista, nos informou que muita gente alheia à entidade assinou essa ata e votou nas adulterações do estatuto. Ele pediu sigilo do nome, por receio de perseguições.
  4. O processo na hora das adulterações foi conduzido, porcamente, por um elemento que sequer é da categoria, o senhor Geovane Machado, advogado. Tal figura, aos berros contra quem se opôs à pilantragem, passou de um mero assessor a praticamente dono do Sinte-Pi. E o pior é que não ganha ação nenhuma para quem financia a entidade e paga o salário dele todo mês. Por falar nisso, quanto será mesmo o valor?
  5. Por fim e não menos importante, não é razoável alterar, mesmo se tivesse havido democracia, um estatuto de 87 artigos em uma manhã, como foi feito, sobretudo quando os profissionais da educação básica do Piauí amargam os piores salários do Brasil. Na verdade, o objetivo mesmo foi só adulterar para garantir reeleições por tempo indefinido.
  6. A CNTE e a CUT não podem reconhecer essa tramoia. 

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