Sobre Fé, Deus, Vinho e Autoengano
A Fé, como tudo que é abstrato, por mais amolada que seja —, sozinha não será capaz de mudar coisa nenhuma.
Da Redação | Segundo a CUT, mais de 1 milhão de trabalhadores saíram às ruas do Brasil inteiro neste dia 15 de março contra a reforma da previdência do (des)governo Temer. Isto se se levar em conta apenas as pessoas concentradas em atos e passeatas convocados diretamente por sindicatos, organizações estudantis e outras entidades dos movimentos sociais e da sociedade civil. Muitas lideranças políticas prestigiaram com suas presenças as mobilizações. A mais destacada delas foi Luis Inácio Lula da Silva, o Lula, que compareceu à Avendida Paulista.
Quem saiu de casa e foi ao centro dos grandes aglomerados urbanos como São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza e centenas de outras cidades, viu trânsito engarrafado e outras milhões de pessoas que se somaram a essa histórica luta.
Muitas gente se pergunta por que figuras conhecidíssimas, como Aécio Neves (PSDB) ou o juiz Sérgio Moro também não saíram às ruas, ao menos por um minuto, para defender a aposentadoria dos trabalhadores. Moro, ovacionado por milhares de brasileiros de classe média, vive dando palestras e recebendo homenagens públicas de órgãos empresariais como a Rede Globo e afins. E Aécio foi candidato a presidente em 2014 e obteve mais de 50 milhões de votos. Por que, reiteramos, não saíram às ruas para defender a aposentadoria dos trabalhadores?
A resposta é simples. Embora muitos paneleiros e coxinhas teimem em não querer ver o que está à vista de todos, os dois são cúmplices políticos de Michel Temer (PMDB) e defendem o mesmo projeto de previdência do governo que, na prática, acaba com a aposentadoria dos trabalhadores. Aécio, mesmo de forma dissimulada, ainda tem a coragem de assumir. Moro, finge que não tem opinião. E os dois vivem numa festa só.
A Fé, como tudo que é abstrato, por mais amolada que seja —, sozinha não será capaz de mudar coisa nenhuma.
Através do SinPatinhas, gratuito, um código poderá ser fixado na coleira do animal, permitindo que, via câmera do celular, qualquer pessoa consiga localizar o tutor
Projeções iniciais citadas em matérias se referem diretamente ao mínimo constitucional da Educação, o que não impede que alguns gestores já comecem a especular sobre o tema