Para cobrir o custo de vida, salário mínimo deveria ser R$ 3.856,23, dizem economistas
De acordo com o que reza a Constituição Federal de 1988, o novo mínimo anunciado de R$ 937,00 corresponde apenas a cerca de 25% do necessário para manter um trabalhador e sua família
Da Redação | Segundo estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o valor do salário mínimo necessário para cobrir as despesas com o custo de vida no país deveria ser, já no mês de dezembro de 2016, R$ 3.856,23. Ou seja, 4,11 vezes o mínimo anunciado para 2017, que é R$ 937,00.
O Departamento aponta que em 2016 o valor acumulado da cesta básica aumentou nas 27 capitais do país, onde o
DIEESE realizou
mensalmente, durante todo o ano, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
As maiores altas foram registradas em Rio Branco (23,63%), Maceió (20,69%) e Belém (16,70%). As menores variações ocorreram em Recife (4,23%), Curitiba (4,61%), São Paulo (4,96%) e Campo Grande (5,04%).
Para calcular mensalmente o valor real do salário mínimo, o DIEESE se norteia pela determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Embora o valor real do salário mínimo anunciado de R$ 937,00 corresponda a cerca de apenas 25% do mínimo calculado pelo DIEESE, Temer e sua equipe econômica, sob orientação do PSDB, alegam que o PT foi irresponsável ao criar uma política que elevava o valor do salário mínimo acima da inflação. Em outras palavras, dão o recado: mais arrocho à vista.