O que não deve ser dito a alguém que está de luto

As seis frases 'proibidas' são sugeridas por Julián Cardona Roldán e Daniela Valencia, dois psicólogos com experiência nesse assunto

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Quem já não se sentiu meio sem saber o que dizer quando vai tentar confortar um amigo ou parente que está de luto? Na dúvida, vem sempre o mais comum: "meus pêsames", "meus sentimentos", "ele(a) está descansando em paz", "foi-se dessa para melhor"... De fato, continua a ser meio delicado falar sobre a morte com alguém que acaba de perder um ente querido.

O que não deve ser dito

Em matéria no site colombiano El Tiempo (16), os psicólogos Julián Cardona Roldán e Daniela Valencia dão dicas sobre como agir diante dessa situação difícil. Na opinião dos pesquisadores, eis algumas frases que devem ser evitadas:

• "É importante que você seja forte"
• "Com isso você pode"
• "Você é capaz disso."
• "Você tem que superar isso"
• "Você tem que ser bom para a pessoa X ou Y"
• "Você tem que ter calma"

Justificativa

Os psicólogos, segundo também a matéria, justificam o conselho com os argumentos:

"Não é recomendável dizer essas expressões a uma pessoa afetada porque geram uma carga emocional e um sentimento de responsabilidade, além de invalidar sua dor."

"Por outro lado, é aconselhável perguntar diretamente o que eles precisam ou oferecer ajuda específica. Isso se torna um "apoio significativo", diz Valencia."

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Sugestões para quem quer de fato ajudar um enlutado

O que recomendam os dois referidos psicólogos:

• Ouvir
• Permita que o enlutado sinta
• Observe se a pessoa quer espaço ou companhia
• Acompanhe sem pressão
• Oferecer ajuda específica
• Seguir
• Às vezes, pode ser útil ajudar a distrair o enlutado

Apoio profissional

Em alguns casos, mesmo com a presença de amigos, parentes e frases certas, muitos enlutados precisam de apoio profissional para superar a dor do luto. Ainda de acordo com os psicólogos consultados pelo El Tiempo, esses são os sinais de quem precisa procurar ajuda especializada:

• Há dificuldades significativas na retomada das atividades diárias (não que pare de doer, pois sempre pode doer).
• A insônia ou outros distúrbios do sono persistem.
• Ocorrem alterações no apetite (perda ou aumento excessivo).
• Há sintomas físicos constantes (dor de estômago, enxaquecas, agravamento de doenças).
• A pessoa evita falar sobre a pessoa amada.
• A tristeza ou a raiva não cessam.
• Observa-se negligência no autocuidado pessoal.

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