Fim do golpe de Estado no Brasil é uma das principais pautas da Greve Nacional dos professores

19/01/2017
Foto: CUT Nacional
Foto: CUT Nacional

Da Redação | Reunidos no 33º Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação, ocorrido agora em janeiro em Brasília, os professores tiraram indicativo de Greve Nacional por tempo indeterminado para março próximo. Dentre as principais reivindicações estão "o fim ao golpe de Estado no Brasil, a não aprovação da reforma previdenciária e pelos investimentos necessários e previstos no Plano Nacional de Educação (PNE)". A mobilização é organizada pela CNTE e seus sindicatos afiliados em todo o Brasil.

Para a professora Almiralice Freitas, de Curitiba, a CNTE acerta ao colocar na pauta de reivindicações da greve a derrubada do governo Temer e o fim do golpe de Estado que o levou de forma ilegítima ao poder. "Todas essas medidas que o Temer quer aprovar para retirar direitos da educação e dos demais trabalhadores só cairão se ele cair também", diz.

O docente Paulo Roberto, de Recife, diz por sua vez que a Greve Nacional dos professores deve ser seguida pelos demais trabalhadores do país. "É preciso parar tudo, derrotar o golpe e garantir nossos direitos, como aposentadoria especial e outras conquistas históricas da classe trabalhadora, como a CLT", afirma.

O coordenador pedagógico Caio Feitosa, isolado, diz por outro lado que não concorda com pauta que fale em 'fim de golpe de Estado no Brasil'. "Que golpe é esse? Tudo o que o nosso presidente está fazendo é necessário para o futuro do país. Nós educadores temos que entender que no Brasil não há mais espaços para privilégios, como essa história de aposentadoria especial", declara. 

Diferenças à parte, a expectativa é que a Greve Nacional dos professores tenha um alto nível de adesão em todo o país. O Temer não perde por esperar.

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