POLÊMICA | Na ausência do professor, coordenadores devem ir para sala de aula? Confira pesquisa e compartilhe...

08/08/2017
Foto: arquivo webnode
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DA REDAÇÃO | Quando o professor falta, o que deve ser feito nas escolas? Despacha-se a turma ou o coordenador pedagógico deve assumir a sala de aula? 

Esta é uma velha polêmica, sobretudo nas escolas públicas da educação básica de estados e municípios de todo o país.  (Vote na enquete ao final da matéria).

Para alguns, deve-se buscar uma atividade alternativa para os alunos ou, simplesmente, mandá-los embora. Outros, no entanto, defendem que os coordenadores pedagógicos devem assumir a turma, para que a rotina do dia não seja quebrada.

A favor

A professora paulista Sônia N Furtado, Especialista em Educação, é uma das defensoras da segunda alternativa. "Não há sentido em, na falta eventual de um professor, deixar os alunos sem aula. Os coordenadores pedagógicos têm condições de assumir a turma e apresentar um conteúdo alternativo ou mesmo ministrar o conteúdo planejado pelo professor faltoso, desde que haja aviso com antecedência", diz.

Sônia afirma ainda que: "É preciso quebrar a lógica de que coordenador serve para orientar professor a dar aula mas ele [coordenador] não quer enfrentar tal tarefa. Eventualmente, deve ir, sim, porque do contrário se estabelece uma forte contradição pedagógica!

O coordenador pedagógico Luis C Peixoto, por sua vez, diz que concorda com a ideia de sua colega Sônia. Peixoto, no entanto, alerta que é preciso tomar cuidado com tal tipo de medida, para que exceção não vire regra.

"Um coordenador uma ou outra vez no ano substituir um professor, tudo bem. Mas não pode ser demais, para evitar que governos deixem de contratar professores e usem coordenadores já existentes nas escolas em seus lugares", opina.

Coordenadores discordam

A ideia de substituir professores, mesmo que eventualmente, não é bem-vida entre os coordenadores pedagógicos, pelo menos entre os dois que foram consultados. "Essa é uma medida descabida, apontada por quem desconhece a divisão científica de tarefas dentro de uma escola. Coordenadores não são treinados para ministrar conteúdos de aulas", diz o pedagogo Célio Costa, pernambucano.

Júlia M dos Reis, sergipana, também pedagoga, diz que tal tipo de proposta não acrescenta nada à problemática existente nas escolas. "Se o coordenador vai substituir o professor, quem ficará no lugar do coordenador nessas horas?", indaga.

O caso é, de fato, polêmico. Deixe sua opinião na enquete abaixo:

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