Após anúncios do piso e Greve Nacional na Educação, gestores decretam calamidade financeira em estados e municípios

21/01/2017
Foto: depositphotos - Reprodução proibida
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Apenas nos dois últimos meses de 2016, estados receberam mais de 12 bilhões somente de recursos do Fundeb. O dado é do Banco do Brasil

Da Redação | Logo após anunciados o reajuste do piso dos professores 2017 (7,64%)  e a Greve Nacional da Educação, prevista para março, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) postou em seu portal (19) que:

"43 municípios decretaram Calamidade Financeira, sendo 14 deles do Rio de Janeiro, 11 em Minas Gerais, quatro na Paraíba, quatro em São Paulo, três no Ceará, três no Rio Grande do Norte, dois em Santa Catarina, um no Pará e um no Rio de Grande do Sul".

"A Confederação destaca, ainda, que, em enquete nas redes sociais com gestores municipais, 324 Municípios afirmaram que ainda pretendiam decretar a Calamidade Financeira. Participaram da pesquisa 1.034 pessoas. Para a entidade, os números disparam um alerta, pois o mandato apenas começou e a tendência é se agravar ainda mais".   

Para o G1, a CNM apontou ainda que o impacto nos cofres municipais com o reajuste de 7,64% no piso dos professoores será de R$ 5,038 bilhões. A teoria da 'calamidade financeira' é também reforçada pelos governadores, principalmente através de seus secretários de finanças e educação. 

Os educadores, no entanto, não caem nessa velha ladainha. Em 15 de março iniciarão Greve Nacional por tempo indeterminado tanto pelo reajuste do piso como por outras demandas da educação e de todos os profissionais do magistério.

O surrado discurso de 'crise' não cola, porque apenas nos dois últimos meses de 2016, estados receberam mais de 12 bilhões somente de recursos do Fundeb. O dado é do Banco do Brasil.

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