CORRETO! Professores decidem não iniciar o segundo semestre letivo caso não recebam reajuste! Saiba mais e compartilhe...

05/07/2017
Foto: CNTE
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Movimento inicia em Mato Grosso do Sul e deve se expandir para outras regiões do país. "O arrocho é generalizado, tanto faz o Estado ser rico, como São Paulo, ou pobre, como o Piauí. Quem trabalha com Educação tá tudo no mesmo barco. Greve Geral neles", sugere a professora piauiense Ana Aragão

EDUCAÇÃO | Segundo site da CNTE: "Em Assembleia Geral, realizada no último dia do mês de junho (30/6, na Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS), a categoria definiu não reiniciar as aulas no segundo semestre, caso o Governo Estadual não conceda o reajuste salarial para a categoria."

CNTE informa também que educadores exigirão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) o pagamento do reajuste do Piso Nacional do Magistério, que desde janeiro era para ter sido corrigido em 7,64%. Luta visa inda garantir a incorporação dos R$ 200 dos administrativos em educação.

Movimento deve se expandir para outros estados do país

A greve da Educação do Mato Grosso do Sul deve se expandir para outros estados e municípios do país. A maioria dos governadores e prefeitos não pagou também sequer os 7,64% de reajuste do Piso Nacional, não cumpre como manda a lei 11.738/2008 o Horário Pedagógico dos professores, despreza ainda mais os administrativos e boa parte dos prédios escolares estão bastante sucateados.

Depoimentos

A professora piauiense Ana Aragão diz que o exemplo do Mato Grosso do Sul deve ser seguido por todos os profissionais do magistério. "O arrocho é generalizado, tanto faz o Estado ser rico, como São Paulo, ou pobre, como o Piauí. Quem trabalha com Educação tá ferrado. Greve neles", sugere.

"É bom mesmo que nenhum trabalhador em Educação inicie o segundo semestre letivo. Vamos parar tudo ou nossa categoria vai cada vez mais para o buraco. O salário é uma miséria, não dá pra nada", desabafa o professor Flávio Mesquita, do Paraná.

Governos se armam com PEC 55do Temer

Prefeitos e governadores têm agora nova e poderosa desculpa para tentar passar por cima das reivindicações dos educadores. Com a aprovação da PEC 55, proposta por Michel Temer (PMDB), gastos principalmente com Saúde e Educação ficam congelados por vinte anos. Com isso, os gestores podem argumentar, inclusive na Justiça, que não podem por lei dar qualquer aumento para o funcionalismo, em particular para os do magistério.

Neste sentido é que a ideia dos trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul é muito importante para enfrentar essa conjuntura de mais arrocho trazida por Temer & Cia. Só uma greve geral forte do magistério pode garantir os direitos dos educadores.

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