Professores rejeitam e apontam perigos na militarização de escolas públicas

29/08/2017

"A PM é especializada em reprimir". Claro que dentro das escolas vai querer reprimir também nossas lutas", diz uma docente

DA REDAÇÃO | Até à data e horário de fechamento desta postagem, pesquisa abaixo revela que maioria dos internautas rejeita a proposta de militarização das escolas públicas feita pelo tresloucado parlamentar Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Bolsonaro quer impor dentro dos estabelecimentos de ensino uma série de ridículas e draconianas medidas, a princípio anunciadas apenas para os alunos, que depois seriam certamente também estendidas aos professores e demais que compõem a comunidade escolar. (Leia AQUI). Vote na enquete ao final da matéria.


Repressão às lutas dos professores

A professora Carmelita Silva, da rede estadual do Piauí, alerta que tal medida é uma bomba não apenas para os alunos, mas também para toda a comunidade escolar, em particular para os professores. "Com a militarização, seremos coagidos a não lutar por nossos direitos, principalmente quando tivermos que fazer greves", diz a educadora. "Quando a gente vai às ruas lutar por salários, a PM sempre nos trata com repressão. Imagine só se os milicos estiverem dirigindo escolas. Não vão nem deixar a gente sair pra lutar", adverte também.


Ilegalidade e robotização

Para o professor Landim Neto, editor do Dever de Classe, a militarização de escolas públicas é um crime que fere inclusive diversas legislações, como a LDB, que garante a pluralidade de ideias no ambiente escolar, algo incompreensível para quem quer se impor pela força e uso da coerção policial, como fazem os militares. Também para esse professor: "Escolas militarizadas formam robôs para serem subservientes à ditadura do mercado de trabalho. Docente que acredita nisso como saída para a educação pública precisa pensar melhor sobre tal questão", conclui.


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